“Cabo da Roca” era o que dizia uma placa indicativa em uma pequena estrada de acesso que nos desviou do caminho
Sintra - Cascais. Já quase anoitecendo, encontraríamos a esquina dos continentes, uma extremidade de Portugal onde o continente europeu mais se aproxima do nosso.Ventos de arrastar tudo pela frente. Sensação de liberdade! Vontade louca de dançar no vento!
Você me diz que Cabo da Roca lembra a roca de fiar. Coisa de conto de fada. Princesa furando o dedo. Sono de 100 anos. Praga de bruxa.
Em meio à ventania, encontramos o farol e também a roca de fiar, enferrujada, esquecida no tempo. Do chapéu de bruxa, só sobraram farrapos. Os contos foram deixados para trás. Príncipes só tem graça em livros. A menina acordou por si mesma. Tinha talentos a descobrir e muito o que treinar nos caminhos do coração.
O amor havia de encontrá-la viva, desperta, plena.
Demos as mãos pra não sair voando...
Cabeças cheias de estórias...Cabelos de vento....