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9 de jul. de 2012

Ponte do Brooklyn - NY


Em NY me maravilho com a Ponte do Brooklyn, ligando os distritos de Manhattan e Brooklyn.


Caminhar por aqui é sentir-se num cenário vivo, dividindo espaço com bicicletas, pessoas praticando corrida e personagens de filmes que passaram por aqui. 
Mãos que se entrelaçaram e fizeram juntas a travessia. Desencontros. Caminhadas solitárias dos que atravessaram sós. Silêncios. Cenas de cinema.

Pontes foram feitas para encurtar o caminho, permitir a chegada, diminuir a distância. Unem povos. Vencem obstáculos. Possibilitam o improvável. São mãos estendidas, as minhas, as suas, no caminho que se faz para o coração de alguém.


Algumas pontes são sólidas, consolidadas em bases seguras. Resistem às bravuras do tempo e às envergaduras do destino.


Outras se estabelecem tímidas e frágeis. Cacos colados. Histórias refeitas. Se sustentam por um fio. Vulneráveis , balançam por um sopro, um respiro a mais de cansaço, uma palavra desajeitada , um gesto fora do lugar. Roupas no varal em dias de vento. É onde a gente abre os braços e equilibra. Brinca de circo. Ajusta a passada. Pisa em ovos. 

E mesmo que demande mais cuidado, seguimos a travessia, amorosamente, porque sob a ponte, a vida corre ligeira acompanhando o curso do rio. 




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