Em
NY me maravilho com a Ponte do Brooklyn, ligando os distritos de Manhattan e
Brooklyn.
Caminhar
por aqui é sentir-se num cenário vivo, dividindo espaço com bicicletas, pessoas
praticando corrida e personagens de filmes que passaram por aqui. Mãos que se
entrelaçaram e fizeram juntas a travessia. Desencontros. Caminhadas solitárias
dos que atravessaram sós. Silêncios. Cenas de cinema.
Pontes foram feitas para encurtar o caminho, permitir a chegada, diminuir a distância. Unem povos. Vencem obstáculos. Possibilitam o improvável. São mãos estendidas, as minhas, as suas, no caminho que se faz para o coração de alguém.
Algumas pontes são sólidas, consolidadas em bases seguras. Resistem às bravuras
do tempo e às envergaduras do destino.
Outras se estabelecem tímidas e frágeis. Cacos colados. Histórias refeitas. Se
sustentam por um fio. Vulneráveis , balançam por um sopro, um respiro a mais de
cansaço, uma palavra desajeitada , um gesto fora do lugar. Roupas no varal em
dias de vento. É onde a gente abre os braços e equilibra. Brinca de circo.
Ajusta a passada. Pisa em ovos.
E mesmo que demande mais cuidado, seguimos a
travessia, amorosamente, porque sob a ponte, a vida corre ligeira acompanhando
o curso do rio.
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